![](https://static.wixstatic.com/media/4a4288_58be3f05dbf84a7183911e39d0411e20~mv2.jpg/v1/fill/w_720,h_960,al_c,q_85,enc_auto/4a4288_58be3f05dbf84a7183911e39d0411e20~mv2.jpg)
Já são 1.454 peças tecidas desde agosto de 2003, quando Eunice Valduga fez o primeiro curso de tear manual, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. Em cada uma delas, além de fios e muita habilidade, também tem o amor da artesã pelo trabalho com lã. Começou com tricô, há muitos anos, fazendo blusões lindos para os filhos, filhos de amigas, ela própria e outras pessoas. Em 2003, quando estava um pouco afastada do contato com os novelos, surgiu a possibilidade de aprender tear manual. E a identificação foi imediata. De lá até hoje, houve alguns momentos de paradas e retomadas, respeitando cada ciclo da vida.
As peças que você encontra à venda aqui no site são a consequência de incríveis transformações de fios. Quem conhece o processo de perto se encanta. De pedaços de lã ou linha cortados no tamanho exato, surgem mantas, cachecóis e xales que dão aconchego, calor e beleza a quem entende o valor de uma peça feita a mão. Com exceção dos xales lisos, cada peça é diferente da outra e exclusiva. E é isso que deixa tudo ainda mais incrível. “Eu amo entrar em lojas de lã, garimpar e comprar fios, é ali que começa o processo de criação. Raramente saio para buscar um fio específico para uma peça, a não ser que seja uma encomenda. Eu entro nas lojas, vejo o que tem e, depois, crio com o que tenho em casa”, conta Eunice.
![](https://static.wixstatic.com/media/4a4288_20c630e2af49465fa51969729a2eb7df~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_1307,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/4a4288_20c630e2af49465fa51969729a2eb7df~mv2.jpg)
A combinação é um dos diferenciais da Arte no tear. Eunice explica que além de cores, ela leva em conta a textura no momento de decidir quais fios estarão em uma peça. “Eu imagino o efeito final e, quando estou tecendo uma peça, vendo como aqueles fios se comportam, minha mente já está elaborando a próxima”, diz. O segundo diferencial está na qualidade dos fios. Eunice não escolhe a sua matéria-prima pelo preço, seja para tecer (o fio que, teoricamente, fica mais por cima) ou para colocar na parte mais escondida da peça. “O trabalho é o mesmo com um fio de qualidade ou barato, mas o resultado, não”.
Nem sempre, claro, ela acerta de cara. E quando o comportamento dos fios no tear não é o que ela esperava, desmancha. “Se eu não gosto da peça, se ela não passa pelo meu controle de qualidade, eu não vendo”. Com todos esses cuidados aliados à habilidade e ao bom gosto, fica fácil entender por que os elogios se somam tanto nas feiras com venda presencial (no mundo pré-pandemia), quanto no momento que as clientes que compraram pela internet recebem os produtos. “O elogio é tão bom quanto a venda. É ele que me move”.
Comments